Publicações

Notícias

Profs. Sacha Calmon e Igor Mauler falam ao Info Money, Uol e Bol

10 de junho de 2010
O site da agência de notícias Info Money publica reportagem acerca da criação do Imposto sobre Grandes Fortunas, a qual ouviu a opinião os professores Sacha Calmon e Igor Mauler Santiago. A matéria foi reproduzida ainda no portal Uol e no site Bol.
 
 
Infomoney:
 
 
Imposto sobre Fortunas passa por comissão na Câmara e é alvo de críticas
 
Por: Flávia Furlan Nunes
11/06/10 – 17h45
InfoMoney
 
SÃO PAULO – O Imposto sobre Grandes Fortunas foi aprovado em uma comissão da Câmara dos Deputados e agora segue para votação no Plenário da casa. Apesar de contar com o parecer positivo dos parlamentares, ele tem sido alvo de críticas de especialistas em tributação.
 
O imposto será aplicado sobre todo o patrimônio superior a R$ 2 milhões, com uma alíquota que parte de 1% e chega a 5%, dependendo da riqueza do contribuinte. Além disso, não será permitida dedução dos valores pagos no Imposto de Renda (IR).
 
A crítica que se faz é de que a renda do contribuinte, que é o que gera seu patrimônio, já é tributada no Brasil pelo IR, portanto, não seria necessário tributar também o patrimônio.
 
“Na alienação desse patrimônio, em havendo ganho de capital, haverá nova incidência de IR. Isso não estimularia investimentos no País”, diz o tributarista do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, José Eduardo Tellini Toledo.
 
Fuga de patrimônio
Uma consequência desse tipo de tributação, para o sócio do escritório Sacha Calmon – Misabel Derzi, Igor Mauler Santiago, seria a fuga de patrimônio do País.
 
“O imposto é bem intencionado, mas ineficaz. Nos países que o adotaram, observou-se a transferência dos grandes patrimônios e de seus detentores para o exterior”, afirmou.
 
O advogado tributarista Eduardo Diamantino, sócio de um escritório que traz seu nome, também concorda que os mais ricos encontram soluções para se proteger da tributação.
 
Na prática
A crítica ao imposto se dá também pela sua pouca efetividade. “Todos sabem que é um imposto de baixíssima produtividade fiscal, que vai gerar muito trabalho e pouca arrecadação”, disse o professor titular de Direito Tributário da UFRJ, Sacha Calmon.
 
O tributarista do Salusse Marangoni Advogados, Eduardo Winters Costa, concorda: “Com poucos contribuintes, o imposto sobre grandes fortunas tende a não ser representativo em termos de arrecadação, tanto mais se considerada a batalha jurídica que terá início com a sua instituição”.
 
De acordo com Costa, a instituição deste imposto demandaria a criação de novos sistemas de declaração, cobrança e fiscalização, aumentando a burocracia existente, para atingir uma parcela que não deve representar nem 1% da população brasileira.
 
O outro lado
O Imposto sobre Grandes Fortunas está previsto no Projeto de Lei Complementar 277/08, de autoria da deputada Luciana Genro (PSOL-RS). Ele foi aprovado pelos deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na quarta-feira (9).
 
O relator do projeto na comissão, deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), afirmou que o imposto funcionaria como um complemento ao Imposto de Renda, para apoio ao combate às desigualdades.
 
“Assim, o governo teria mais dinheiro em caixa para investir em saúde, educação, moradia e infraestrutura, entre outros serviços básicos”, disse.
 
 
Uol:
 

11/06/2010 – 17h45

Imposto sobre Fortunas passa por comissão na Câmara e é alvo de críticas

 
 
SÃO PAULO – O Imposto sobre Grandes Fortunas foi aprovado em uma comissão da Câmara dos Deputados e agora segue para votação no Plenário da casa. Apesar de contar com o parecer positivo dos parlamentares, ele tem sido alvo de críticas de especialistas em tributação.
 
O imposto será aplicado sobre todo o patrimônio superior a R$ 2 milhões, com uma alíquota que parte de 1% e chega a 5%, dependendo da riqueza do contribuinte. Além disso, não será permitida dedução dos valores pagos no Imposto de Renda (IR).
 
A crítica que se faz é de que a renda do contribuinte, que é o que gera seu patrimônio, já é tributada no Brasil pelo IR, portanto, não seria necessário tributar também o patrimônio.
 
“Na alienação desse patrimônio, em havendo ganho de capital, haverá nova incidência de IR. Isso não estimularia investimentos no País”, diz o tributarista do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, José Eduardo Tellini Toledo.
 
Fuga de patrimônio Uma consequência desse tipo de tributação, para o sócio do escritório Sacha Calmon – Misabel Derzi, Igor Mauler Santiago, seria a fuga de patrimônio do País.
 
“O imposto é bem intencionado, mas ineficaz. Nos países que o adotaram, observou-se a transferência dos grandes patrimônios e de seus detentores para o exterior”, afirmou.
 
O advogado tributarista Eduardo Diamantino, sócio de um escritório que traz seu nome, também concorda que os mais ricos encontram soluções para se proteger da tributação.
 
Na prática A crítica ao imposto se dá também pela sua pouca efetividade. “Todos sabem que é um imposto de baixíssima produtividade fiscal, que vai gerar muito trabalho e pouca arrecadação”, disse o professor titular de Direito Tributário da UFRJ, Sacha Calmon.
 
O tributarista do Salusse Marangoni Advogados, Eduardo Winters Costa, concorda: “Com poucos contribuintes, o imposto sobre grandes fortunas tende a não ser representativo em termos de arrecadação, tanto mais se considerada a batalha jurídica que terá início com a sua instituição”.
 
De acordo com Costa, a instituição deste imposto demandaria a criação de novos sistemas de declaração, cobrança e fiscalização, aumentando a burocracia existente, para atingir uma parcela que não deve representar nem 1% da população brasileira.
 
O outro lado O Imposto sobre Grandes Fortunas está previsto no Projeto de Lei Complementar 277/08, de autoria da deputada Luciana Genro (PSOL-RS). Ele foi aprovado pelos deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na quarta-feira (9).
 
O relator do projeto na comissão, deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), afirmou que o imposto funcionaria como um complemento ao Imposto de Renda, para apoio ao combate às desigualdades.
 
“Assim, o governo teria mais dinheiro em caixa para investir em saúde, educação, moradia e infraestrutura, entre outros serviços básicos”, disse.
 
 
Bol:
 
Imposto sobre Fortunas passa por comissão na Câmara e é alvo de críticas
 
11/06/2010 – 17h45 | do UOL Economia
 
SÃO PAULO – O Imposto sobre Grandes Fortunas foi aprovado em uma comissão da Câmara dos Deputados e agora segue para votação no Plenário da casa. Apesar de contar com o parecer positivo dos parlamentares, ele tem sido alvo de críticas de especialistas em tributação.
 
O imposto será aplicado sobre todo o patrimônio superior a R$ 2 milhões, com uma alíquota que parte de 1% e chega a 5%, dependendo da riqueza do contribuinte. Além disso, não será permitida dedução dos valores pagos no Imposto de Renda (IR).
 
A crítica que se faz é de que a renda do contribuinte, que é o que gera seu patrimônio, já é tributada no Brasil pelo IR, portanto, não seria necessário tributar também o patrimônio.
 
“Na alienação desse patrimônio, em havendo ganho de capital, haverá nova incidência de IR. Isso não estimularia investimentos no País”, diz o tributarista do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, José Eduardo Tellini Toledo.
 
Fuga de patrimônio Uma consequência desse tipo de tributação, para o sócio do escritório Sacha Calmon – Misabel Derzi, Igor Mauler Santiago, seria a fuga de patrimônio do País.
 
“O imposto é bem intencionado, mas ineficaz. Nos países que o adotaram, observou-se a transferência dos grandes patrimônios e de seus detentores para o exterior”, afirmou.
 
O advogado tributarista Eduardo Diamantino, sócio de um escritório que traz seu nome, também concorda que os mais ricos encontram soluções para se proteger da tributação.
 
Na prática A crítica ao imposto se dá também pela sua pouca efetividade. “Todos sabem que é um imposto de baixíssima produtividade fiscal, que vai gerar muito trabalho e pouca arrecadação”, disse o professor titular de Direito Tributário da UFRJ, Sacha Calmon.
 
O tributarista do Salusse Marangoni Advogados, Eduardo Winters Costa, concorda: “Com poucos contribuintes, o imposto sobre grandes fortunas tende a não ser representativo em termos de arrecadação, tanto mais se considerada a batalha jurídica que terá início com a sua instituição”.
 
De acordo com Costa, a instituição deste imposto demandaria a criação de novos sistemas de declaração, cobrança e fiscalização, aumentando a burocracia existente, para atingir uma parcela que não deve representar nem 1% da população brasileira.
 
O outro lado O Imposto sobre Grandes Fortunas está previsto no Projeto de Lei Complementar 277/08, de autoria da deputada Luciana Genro (PSOL-RS). Ele foi aprovado pelos deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na quarta-feira (9).
 
O relator do projeto na comissão, deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), afirmou que o imposto funcionaria como um complemento ao Imposto de Renda, para apoio ao combate às desigualdades.
 
“Assim, o governo teria mais dinheiro em caixa para investir em saúde, educação, moradia e infraestrutura, entre outros serviços básicos”, disse.
 
 

Compartilhar