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Valor Econômico noticia a abertura da filial paulista do escritório
15 de setembro de 2006
A edição de hoje do jornal Valor Econômico trouxe reportagem sobre a abertura de filiais em São Paulo de escritórios originários de outros Estados. O texto conta com declaração do Prof. Sacha Calmon.
Bancas migram para São Paulo
Felipe Frisch 15/09/2006 Escritórios do Norte, Sul, Nordeste e até mesmo de Estados vizinhos a São Paulo estão fazendo um movimento inverso ao das grandes bancas paulistanas, que nos anos 1980 e 1990 se expandiram montando filiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. O que tem levado esses grandes escritórios – alguns com mais de mais de 20 anos em suas sedes originais – para São Paulo é a especialização deles em algumas áreas – como os setores automotivo, de telefonia, siderúrgico, agrário e de infra-estrutura, direito do consumidor, parcerias público-privadas (PPPs), fundos de pensão e até direito de família e planejamento das sucessões.
O motivo da migração para São Paulo é que os clientes desses escritórios nas suas sedes originais, onde têm fábricas ou moram seus sócios, acabam gerando um alto volume de processos na Justiça paulista. É em São Paulo que estão as sedes administrativas da maioria das empresas clientes ou para onde acabam indo muitos dos processos, por ser a cidade a moradia de partes nas ações judiciais. Em alguns casos, é o próprio cliente que pede, indireta ou até diretamente, a "transferência" das bancas para a capital paulista. Em outros, é o custo de ir e voltar que acaba não compensando.
No fim de agosto uma das maiores bancas de advocacia empresarial do Norte e Nordeste, a Martorelli e Gouveia
A advocacia mineira parece ser a mais atraída pelo mercado paulista. Em maio, o Grebler
Outro mineiro que chegou a São Paulo "pelas beiradas" e acabou de se instalar na capital é o Junqueira de Carvalho, Murgel & Brito
As diferenças culturais regionais da profissão são os principais desafios para as bancas que chegam a São Paulo. A maior delas é o "reloginho" – ou "time sheet", nome do método importado dos Estados Unidos -, acionado a cada vez que o cliente liga para uma consulta, remunerando os advogados por minuto. "Isso o cliente do Norte e Nordeste não aceita", diz Martorelli. No direito de família esse assunto é ainda mais delicado, pois há clientes que ligam para o escritório para pedir uma receita de arroz ou para desabafar porque o filho chegou da visita ao pai com a meia rasgada, diz Karime Costalunga, sócia do gaúcho Sáloa, Karime, José Naja e
Uma demonstração de que o movimento ainda está longe do fim é a previsão de chegada em São Paulo, nas próximas semanas, do